Tubos de Ferro Fundido

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Tubos de Ferro Fundido



Diante da forte carência brasileira em saneamento básico, a francesa Saint-Gobain Canalização, fabricante de tubos de ferro fundido para o segmento e também para unidades industriais, espera repetir neste ano o mesmo crescimento de 2013, de cerca de 10%.


Diante da forte carência brasileira em saneamento básico, a francesa Saint-Gobain Canalização, fabricante de tubos de ferro fundido para o segmento e também para unidades industriais, espera repetir neste ano o mesmo crescimento de 2013, de cerca de 10%. A Caetano é distribuidora dos Tubos de Ferro Fundido da Saint Gobain. “Nosso mercado está crescendo, principalmente com apolítica federal de incentivo ao setor. Já vimos a nossa demanda aumentar”, afirmou ao DCI o presidente da Saint-Gobain Canalização, David Molho. A subsidiária de um dos maiores conglomerados de materiais de construção do mundo é a única fabricante de tubos de ferro fundido para saneamento com produção local, comercializada sob o selo Pam.

“Apesar de dependermos muito deste negócio, não enxergamos qualquer risco de queda de demanda”, informa o executivo. O setor de saneamento responde por cerca de 75% do faturamento da Saint-Gobain Canalização. O restante é proveniente de plantas industriais, como o segmento de bebidas, por exemplo.

Porém, é exatamente no negócio industrial – que abrange estádios, aeroportos, shoppings centers – que a demanda não tem atendido às expectativas do mercado. “Temos sentido uma dificuldade na construção civil, pois diversas obras estão atrasadas. Falta confiança e previsibilidade, no País, para os investimentos”, observa Molho.

Déficit

De acordo com o sócio do escritório Firmo, Sabino e Lessa Advogados, Leonardo Coelho, o déficit de saneamento no País é resultado, em grande parte, de um ambiente de insegurança jurídica. “Não há clareza sobre qual esfera do governo é responsável por executar as obras de saneamento, o que prejudica os aportes no setor”, diz o advogado especializado em infraestrutura.

Ele explica que as competências ligadas ao saneamento não são bem delimitadas na Constituição. “Sempre houve uma divergência de quem seria esta atribuição”, pondera. Ainda neste cenário, Coelho destaca que o aspecto político contribui para aumentar o gargalo. “O País está avançando na matéria, mas como são obras muito custosas e ‘invisíveis?, acabam ficando em segundo plano”, acrescenta.

Porém, para o presidente da Saint-Gobain Canalização, este quadro está começando a mudar. “O Plansab [Plano Nacional de Saneamento Básico] já mostra uma vontade efetiva, que deve garantir parte das obras necessárias no País. Ao menos o sinal já foi dado”, destaca Molho.

O executivo estima que o market share da companhia gira em torno de 20% no Brasil. “Nós estamos prontos para a universalização de água e esgoto queo País necessita. Se tivermos que aumentar a capacidade, iremos ampliar”, diz.